Entre os principais sinais que determinam se uma pessoa está ou não à vontade para falar em público, três se destacam de forma mais evidente:
1) Escutar a própria voz
2) Olhar e ver os ouvintes
3) Sentir-se confortável ao fazer as pausas
Se você ouve o som da própria voz quando fala em público, poderá decidir se deverá imprimir mais ou menos velocidade, para que o ritmo motive os ouvintes a acompanhar a sequência das informações. Se a pronúncia de uma ou outra sílaba precisa ser mais ou menos prolongada para interpretar de forma apropriada o tom discurso. Se o volume está ou não adequado ao ambiente.
Outro ponto importante é observar se diante do público você olha e consegue ver os ouvintes. Quando uma pessoa se sente desconfortável diante da plateia, de maneira geral, olha para o auditório, mas não enxerga ninguém. Vê apenas uma névoa escura, como se o público não existisse. E demonstra certo distanciamento, como se estivesse sozinho, falando consigo mesmo.
Ver o público permite saber se vai bem
A comunicação visual eficiente permite que orador analise a reação dos ouvintes, podendo assim modificar ou manter o rumo da apresentação. Dessa forma, irá Interagir mais com a plateia, que se sentirá incluída no ambiente. Ao mesmo tempo, quebrará a rigidez da postura, ao girar o tronco de um lado para outro, ao olhar para a esquerda e a direita.As pausas malfeitas talvez sejam o mais importante sinal de que o orador não se sente à vontade para falar em público. O desconforto do silêncio na busca da palavra certa, para a ideia correta, no momento adequado, deixa-o pouco à vontade. É como se precisasse voltar a falar para eliminar aquele constrangimento.
Esse mal estar, às vezes, faz com que o orador, sem ter elaborado de maneira correta o pensamento, se obrigue a jogar palavras, e, a partir delas, formular alguma ideia que oriente seu raciocínio. Esse é um recurso que deve ser usado somente em casos emergenciais, quando o pensamento desaparece e a pessoa precisa de uma tábua de salvação.
Na verdade o processo se inverte. Ao invés de encontrar as palavras que possam corporificar o pensamento, o orador tenta a partir das palavras encontrar o pensamento. Se esse processo se repete com frequência, a situação se torna desesperadora, pois as palavras passam a ser proferidas sem nenhum sentido, apenas a palavra pela palavra, sem um raciocínio lógico para ser identificado.
Pausas valorizam a informação
Se você está seguro e confiante, fará da pausa um recurso excepcional da comunicação. Com a inflexão de voz apropriada ao encerrar o pensamento, irá valorizar a informação transmitida, criar expectativa sobre o queira dizer, e demonstrará naturalidade, pois a pausa bem feita quase sempre indica espontaneidade. Em certos momentos, podemos comunicar mais com as pausas que com as palavras.Essa é uma avaliação que todos podemos fazer quando falamos em público. Para saber se tem o domínio da comunicação, responda para você mesmo: diante da plateia consigo ouvir o som da minha própria voz? Consigo olhar para o público e ver os ouvintes? Faço as pausas sem a ansiedade de ter de voltar a falar o mais rápido possível?
Se a resposta a uma dessas perguntas for negativa, você ainda tem de desenvolver mais sua competência para falar em público. É uma questão de prática e bastante dedicação. Há casos que demoram mais tempo, outros menos, mas sempre será possível falar com mais segurança e desembaraço. Vale a pena se dedicar. Quem fala com confiança e eficiência amplia de forma considerável suas chances de sucesso.
Superdicas da semana
- Procure ouvir o som da própria voz quando falar em público
- Olhe para a plateia e veja os ouvintes. Não olhe com aquele ar perdido de quem não vê ninguém
- Use a pausa como recurso para melhorar a qualidade da comunicação
- Em certas circunstâncias as pausas falam mais que a as palavras
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