quarta-feira, 25 de maio de 2016

Por que alguns são bem sucedidos e outros não na entrevista de emprego?

 
O que realmente faz a diferença nas entrevistas de emprego?
Entrevistas geralmente são ocasiões decisivas e, por vezes, carregadas de muito nervosismo. São momentos em que o entrevistado é o centro das atenções, e geralmente simbolizam também um marco para a carreira de muitos, pois pode representar um novo ciclo, o surgimento de novas oportunidades, novas conquistas, ou até mesmo um recomeço profissional.
No artigo de hoje, abordarei algumas verdades e dicas sobre entrevistas de emprego e também sobre a postura ideal que um entrevistador precisa ter para que uma entrevista seja considerada um processo indubitável para a captação dos talentos corretos.
Dicas para o candidato
Para o entrevistado, posso listar alguns fatores que farão a diferença no momento da entrevista. Em primeiro lugar, o profissional precisa buscar o autoconhecimento. É preciso ter objetivos de vida e carreira definidos, descobrir seus diferenciais, traçar um plano de carreira, por exemplo. Já falei sobre isto na Coluna Talento em Pauta anteriormente e a considero essencial para a conquista dos objetivos profissionais.
Em seguida, está a elaboração do currículo. Nesta etapa, o segredo é fazer com que este material seja interessante e atrativo o bastante para que o entrevistador queira saber mais a seu respeito. Dessa forma, elabore um currículo como uma estratégia de marketing pessoal e não somente como um resumo de suas qualificações – o que a maioria das pessoas faz erroneamente.
Conhecer bem a empresa almejada também é essencial. Porém, que informações devem ser buscadas? Aqui vão algumas: a localização da matriz e das filiais, o porte, faturamento, número de funcionários, seus produtos e serviços, há quanto tempo a organização está no mercado (nacional e mundial) e outros assuntos correlatos que possam ser interessantes para saber qual a situação da empresa ou do segmento atualmente, como informações de economia, por exemplo. Hoje, na era da informação, é facílimo descobrir todos estes dados e muito mais, então porque não dedicar um tempo para conhecer melhor a empresa contratante?
Existem vários modelos de entrevista, porém a mais utilizada é a entrevista por competências. O foco desta entrevista é avaliar as competências técnicas e comportamentais do candidato. Neste modelo, usam-se perguntas situacionais, isto é, perguntas relacionadas a situações vivenciadas pelo candidato para conhecer seu lado comportamental e suas habilidades sociais perante algumas circunstâncias do dia-a-dia. Essas entrevistas fogem do modelo em que os funcionários são escolhidos apenas pela sua competência técnica, ou seja, seu currículo. Além do mais, avaliar o potencial técnico de um funcionário não significa apenas verificar a existência de um diploma e, sim, analisar se o conhecimento adquirido ao longo do tempo pelo participante é adequado à função que irá exercer.
Postura do entrevistador
Para uma entrevista bem sucedida, a postura do entrevistador também precisa ser adequada. Por exemplo, os candidatos ficam nervosos neste momento e é dever do entrevistador saber lidar com a situação e tranquilizar o entrevistado. Uma maneira de “quebrar o gelo” é usar uma excelente técnica chamada rapport, que nada mais é do que uma tática para criar uma atmosfera de confiança mútua e fazer com que o diálogo flua com ritmo e naturalidade. Podemos dizer que uma boa entrevista é aquela em que o entrevistado fala 70% do tempo e o entrevistador os demais 30%, sem que ela seja no formato de interrogatório e muito menos de um monólogo.
Outro fator que pode prejudicar a eficácia de uma entrevista é o possível preconceito que o entrevistador pode vir a ter. Por isso, o profissional deve se preocupar em não fazer julgamentos durante o processo seletivo e não deixar que eles exerçam influência pessoal na entrevista. O candidato deverá ser selecionado de acordo com a identificação com os valores da empresa e não da equipe selecionadora. Assim, é importante ter o escopo de requisitos técnicos e comportamentais bem definidos e ter a mente aberta para ouvir e observar todos os candidatos de modo abrangente e compará-los em uma métrica justa.
Dessa maneira, pontualidade, vestimenta adequada, cordialidade e simpatia também são alguns atributos necessários para que o entrevistador conquiste a confiança do candidato e, com isso, também deixe-o mais à vontade. Sobretudo, o profissional deve ser claro e objetivo ao fazer perguntas, pois esta é a principal ferramenta de trabalho em uma entrevista. É uma atividade que requer técnica, percepção e treinamento, por isso, é essencial ter funcionários bem capacitados para cumprir essa função estratégica dentro das empresas.
Fonte: BERNT ENTSCHEV Fundador da De Bernt Entschev Human Capital.

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